quinta-feira, 7 de julho de 2011

Soneto da menina morta

Simplesmente não aproveitei o tempo que foi me dado,
e insisti pra que ela passeasse comigo sem capacete,
na moto podíamos sentir seu respirar próximo a minha nuca
e a pressão do trânsito nos machucando.

Uma pancada, sete metros de distância
e meu amor podia voar...
uma ligação, e depois de quatro horas,
a ambulância chega no local.

Sem culpados, só arrependimentos e indignação;
A vida breve foi pesada
mas a sua alma vai leve.

No piloto não era eu o irresponsável,
que enterrou meu amor
antes do nosso primeiro contacto.

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