domingo, 18 de dezembro de 2011

Autodidata

Como alguém que não leu Karl Marx luta contra o capitalismo
alguém que não ouviu Fela Kuti imaginar ritmos
uma pessoa que não sabe quem é Ghandi ter um coração voltado ao universo e seus semelhantes,
um escritor literário e um poeta que não leram poesias nem estudaram literatura
um cristão que se encanta com a festa na macumba
um morto que prefere a terra fresca doque o mormaço da tumba.

domingo, 11 de dezembro de 2011

Varrendo as folhas secas das ruas

Meu salário é um salário minimo
os meus descontos já são meu salário.
Enquanto os parlamentares fazem protesto por auxílio palitó,
eu faço protesto por pó.
Quero tirar todos os moleques doidos envolvidos nessas correrias,
vamos formar um circulo, tipo Doutores da Alegria
E ai você me questiona o que eles viciados podem oferecer?
Manu tem experiências na vida que não dão pra esquecer.
Eae Distrito Federal pode se preocupar
 porque os Doutores da Desilusão estão chegando,
Sem flash, nem rap apenas ao som de uma velha canção
Fazendo protestos pela desumanização.

sábado, 10 de dezembro de 2011

crack só no futebol

Entre a democracia
e o preconceito
falta de moradia
e respeito
e a violência está escancarada na cara.
Se não quer ver não finge,
não queria dar então não apresentasse,
pra onde vão as fianças ?
E aquelas crianças ...
debaixo das marquises
as que fuma pedra na lata
tentando driblar o crack,
sem destaque não vive
com os problemas atando os nós.
Como a fauna resiste
com o habitat
em ameaça com a caça
por petróleo e etanol.
Enquanto a alma assisti
a reprise da crise,
enfim.
Se for crack
só no futebol.

O difunto era maior

_ Oh Gato preto :

O azar não me pega não ...
ando sem coletânea de amuletos
e não entendo o medo por caveiras
se todos nós somos esqueletos.

Eu tenho uma camisa rasgada na manga
que cobre o furo da outra camiseta
escondendo uma carranca de letras
orgânicas e reorganizadas,
dispistando mascaras sem face
na reta das faces desmascaradas.

Penerando o sol

O que nos faz diferente
é que se a coroa cair do trono ...
eu não a levantarei,
nem colocarei outra
em seu lugar.
Estou em luto eterno
a sociedade morreu
e eu não pude ser rude,
vesti meu melhor samba-canção.

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Cuidado com o copo

Não chute seu teto de vidro;
diamante é bonito mais exige trabalho e esforço pra ser esculpido,
Mineiros morrem até seu colar ser exibido,
na passarela do futurismo
onde corpos modificados são vendidos.

Nações colonizadas por interesses corrompidos.
Você acha que os novos diamantes são vendidos por homens ou bandidos?

Já vou indo

Sobre o que falar?
Não sei não to com nada agora
vou pesquisar!
Sobre o que falar?
Uma foca saxofonista e golfinhos a saltitar!
Sobre o que falar?
Sobre tinta sem muro e pipa sem ar!
Sobre o que falar?
No ritmo eterno de uma velha melodia,
Sobre o que falar?
Das crianças sem moradia.
Sobre o que falar?
Falar sobre a poesia
Sobre o que falar?
Aonde vai ser a copa e os próximos a ir pro espaço,
ou sobre a miséria que corroe o país enquanto o restante cruza os braços.
Sobre o que falar?
A rosa que não brotou por falta de mar,
e o passáro de asas cortadas que não pode voar.
Sobre o que falar?

Brincando de fazer poesia

Eu me envolvo numa ciranda de rimas

esconde e pega, amarelinha

sem explosivos nem birimbinhas

lendo sentimento enquanto escrevo nas linhas.

Sentimentos enrolados numa seda de pão

Vamos no amaço de mais um trago produzido pelo saco de pão;
Envolvendo em um abraço as brisas de 4 irmão
vários risos antes da primeira chama acender,
De histórias antigas vividas e distribuídas como bebidas pra desenvolver
Móh brisa contida
nos lábios de cada guerreiro
absorvidas dos quatro pecados do mundo
Miséria,violência, discriminação e orgulho.
Vou fechar essa rima sem a melodia de um violão,
rompendo os traços pra quem diz não a legalização.

domingo, 4 de dezembro de 2011

Minhocas saltitantes

È uma competição,
que envolve tripas de crianças,
13 armazenadas pro novo jogo zumbilândia
Amarelo e vermelho, discriminando preto, verde e azul,
a artificial comida conservada
é vendida pela esperta empresa privada
e digerida pela população de cultura enlatada.

Sinfonia dos grilos

Escutando a sinfonia dos grilos
e os gritos dos que já partiram.
                                                 As vezes  fujo disso,
me
     jogo
             num
                     abismo.
                                  Caio,

 e na dor aprendo que a vida é muito mais que isso.

                                  Saio
       dessa angústia que bloqueiam o meu viver;
me
      jogo
              no
                    mar
                            infinito

pra alma iníqua não mais crescer.
Dos                 tumultuosos         ondas       mar
         barulhos                     das              do     
Sinto a positividade de que devo continuar
                           escutando
a sinfonia dos grilos que me fazem pensar.

Tiro de sorte

Lucky Strike Cigarettes da ilusão
Tic Tac lento, bateria fraca de seu nobre coração
Produto tóxico vendido graças a televisão
Com anuncio de produto advertido pelo ministério da saúde,
E foram tantos tragos pra se libertar que nesses tragos perdidos deu tempo até de observar
Que juntando mais três bitucas um novo Lucky Strike Cigarettes poderia formar.
E cada trago um sonho desiludido ,várias vezes esqueçe do tempo com seus velhos amigos.
Ta tragando pelo tempo perdido, buscando uma libertação desse mundo de bichos.

Só mais uma concepção e um fósforo molhado

- Não consigo acender
A idéia na cabeça de algumas pessoas
São tipo os conselhos que recebo
Blá, Blá, Blá e vida boa.
- Eles entram na minha mente
Mas poucos chegam em meu coração
Principalmente aquela parte de sentimentalismo na alienação
-To cansada desse tema de globalização
Não vou mais ao cinema
Me libertei da televisão

911/666/190

To engasgada com essa farsa de mundo derretido
Visionando um futuro sem heróis ficticios;
Analisando os gráficos dos possivéis homicidios
Gerados por homens bombas em contra ataque ao facismo
Da bandeira de linhas vermelhas, estrelas brancas e canto azul.
De fardados movimentados pela falta de sedentarismo
De protestos idealizados por mentes distantes da realidade desproporcional
Das guerras dos judeus contra os protestantes global.

A seu critério

Uma canção bem bonita,                                                                                                                            
Pra todos a 1º vista sentir                                                                      
                                                   
Sem muitos versos ou muitas rimas                                                                                                           
O suficiente pra conquistar ah ti
Mas pode dar uma enrolada sútil
quem sabe sai um blues,

e seu coração bate a mil...
um vai e vem de xequerê,
um agogô e nem mais piu
um trecho pra Oxum maré     
pra que me deixe descer o rio.
E que Ogum pai do sol
Ilumine meus caminhos,
Vou benzei-me em pai Davi
Pra não seguir sozinho
Leva no peito a segurança
De um amor mal resolvido;
To saindo da Amazônia
Pegando carona com os passarinhos
E se o dia for alegre até assopro um assovio
Canto livre a melodia,

que me liberta na caminhada hostil                                                                                                        
Queria meu amor comigo, declarar essa poesia.
Nesse por do sol laranja e anil...
O pensamento voa longe,

mas o pé pisa nesse chão frio.

Suco de Papola

Goles secos de uma vida descartavél
Onde exprimem valores como se fossem notas contavéis
No retoque do retrato esburacado
Onde massa colorida é exibida nos rádios
Eu me divirto tampando os ouvidos,
Pra não ficar alienado e colorido;
E essa gente ainda me chama de esquisito
Só por ser alto, magro e como um mosquito.
Não vegeto idéias que derretem com o sol,
Prefiro não ser a minhoca usada de isca no anzol,
Meu feto é só o resto do produto mal indigerido,
São poucos que chamo de amigos
Nessa valsa de opera falsa
Onde são escondidos os pobres e oprimidos
Eu sou mais ficar na brisa com meu mundo fictício.

A sua casa é feita de quê?

Telha vermelha, tijolo de barro
Forro de madeira, potinho de cigarro
Lobos e ovelhas, crianças e adultos

Todos moram juntos debaixo de um viaduto.
Mel e abelha, numa coméia de escarro
Sem eira nem beira, sonhos profundos

Dou um mergulho, nas frutas da feira
Esmagadas por carros num imundo absurdo mundo.

ELEHCOR E ZIUL

felicidades
porque árvores
de raízes fortes
dão frutos ótimos
pra natureza,
ploriferam beleza
inundam de grandeza
o brilho ótico
e é óbvio
que jacaranda com ypê
dariam flores
singelas e infáliveis pra você
que amançou um leão com abraços
enfrentou a vida sem fracassos
fez laços de aço
e enfeitou um coração cansado
demasiado pelo amor
que ele leia seus lábios
e que você escrevas seus traços
sem medo sentir
ser feliz é uma dádiva
outros vem como divida,
eu vejo como dúvida
por isso sou um poeta.

Premeditem

Eu quero um copo que não derrame
as ajudas que nos pedem,
se esquivar de balas perdidas
extremistas absolutos
colecionando acúmulos
é o cumulo se taxar superior
só por pagar tarifas
passe livre, tarifa zero
não é um paradoxo
se o transporte público
fosse cobrado pelo bolso
do patrão ao invés do nosso.
Parei pra escrever coisas tristes
ganhei o apelido de poeta e uma tendinite,
eu componho pra quando eu me decompor
como o machado não cortou
a literatura ele lapidou,
Foda-se não agrado
nenhum ladrão das horas do dia
viciados em tecnologias,
com os dedos em contato com as teclas
mescla elas com suas próprias celulas
do seu modo virtual,
como vinhemos ? cromossomos !
Continuaremos quando fomos
em um só ciclo natural.

Kalango

E o que é melhor pra ti ?

 a vida em dó, ré, mi

ou em fa, sol, lá, ci ?

Não tenha dó de mi

se lá o sol brilha mais que aqui

algum motivo tem

pra tudo ser a ci !

One blues

Aquela pessoa
procuro em meu cardápio
a sintonia do seu rário
eu mudo num simples toque
me toque,
como um rock
um grave á percussão
dizem que viver é bom.
Mas se morrer é a consequencia do que se viveu
aproveite ao maximo do meu amor que eu vou
influenciar ao minimo no seu.
Hoje sou um cachorro
largado na rua,
cantando e uivando
pra dona lua
são tuas,
as  minhas linhas
mas depois de um blues,
cigarros e chocolate
conhaque ou cha mate
Mademoiselle merci beaucoup
pelo deleite
e o azeite
espalhado
em seu corpo nu.

Guerra de marketing

Deitado numa maca
nesse corredor escuro
mulheres choram por seus maridos
idosos sofrem no rodizio
de cadeiras de rodas.
Se os burgueses não proporcionam
estabilidades nem pra educação
como posso eu cobrar pela saúde do meu irmão.

Indo pra guerra estou fantasiado
de capitão América
meu tênis preferido
é um coturno preto
meus amigos estão contados
o meu suor tem cor vermelha
já aprendi a amar os enlatados
o barro vermelho só apaga as bitucas
que no trago volátil me faz explodir.
eu to cansado dessa guerra
que me feri por uma bandeira
com  pacto, nome e muito sacrifício
alimentando a alma de garotos
seguidores do nazismo.

Não suporto ao fanatismo na bandeira da tolisse
muito menos ficar dando corda aos que fazem apologia a burrice
adestrando a mentira que injeta-se como gasolina
dos veículos movidos a sangria e carnificina
das vidas nas vias e avenidas.
Imobilizadas dentro de um automóvel que atravessou o muro
um surto notável foi transcrever que acontecem desgraças
até nas sete maravilhas do mundo.

Propagandas em outdoor
são como anzóis.

1 real ou 50 centavos

A questão não é julgar, mas sim ajudar
a sagacidade é natural
uma epifania magistral
mas não há quem possa administrar

Não importa para onde as moedas vão
sendo de livre e espontânea vontade
a razão ilumina os humildes filósofos
e o apego confunde os covardes.