domingo, 4 de dezembro de 2011

Guerra de marketing

Deitado numa maca
nesse corredor escuro
mulheres choram por seus maridos
idosos sofrem no rodizio
de cadeiras de rodas.
Se os burgueses não proporcionam
estabilidades nem pra educação
como posso eu cobrar pela saúde do meu irmão.

Indo pra guerra estou fantasiado
de capitão América
meu tênis preferido
é um coturno preto
meus amigos estão contados
o meu suor tem cor vermelha
já aprendi a amar os enlatados
o barro vermelho só apaga as bitucas
que no trago volátil me faz explodir.
eu to cansado dessa guerra
que me feri por uma bandeira
com  pacto, nome e muito sacrifício
alimentando a alma de garotos
seguidores do nazismo.

Não suporto ao fanatismo na bandeira da tolisse
muito menos ficar dando corda aos que fazem apologia a burrice
adestrando a mentira que injeta-se como gasolina
dos veículos movidos a sangria e carnificina
das vidas nas vias e avenidas.
Imobilizadas dentro de um automóvel que atravessou o muro
um surto notável foi transcrever que acontecem desgraças
até nas sete maravilhas do mundo.

Propagandas em outdoor
são como anzóis.

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